Making Contact: Postcolonial Perspectives through Geoffrey of Monmouth's Historia regum Britannie

Abstract

The HRB presents an ambivalent colonial fantasy, wherein encounters between unequal powers establish domination through topographic, linguistic, and erotic desire.

Postcolonialism and the Study of the Middle Ages

“…10 Or in the words of Michelle Warren, the postcolonial 'unlatch[es] a window that opens into any time or place where one social group dominates another -a window through which theory can travel' -which is not to say, however, that one can simply transfer concepts from one specific historical context to another. 11 In this light the Middle Ages is not extraneous to colonization or to postcolonial studies, whether or not the specificities observed within the period match the precise concepts developed for British India, French Algeria, or the twentieth-century Caribbean, to name a set of mixed cases in point. In postcolonial medievalism a forceful statement in this regard is Cohen's concept of the 'midcolonial', 12 according to which the conditions of coloniality and postcoloniality are always already in existence throughout the span of history: 'Just as there was never a time before colony, there has never yet been a time when the colonial has been outgrown' and for this reason, it makes sense 'to speak of the "midcolonial": the time of "always already", an intermediacy that no narrative can pin to a single moment of history in its origin or end'.…”

A Memória da morte: construções narrativas do mito de Arthur na >i<Historia Regum Britanniae>/i<

“…Especialmente para Geoffrey, é importante criar um herói que signifique a esperança de um império esquecido e marginalizado dentro do contexto de escrita da HRB. 143 Se seguirmos as recomendações de Eleazar Meletinsky para os estudos míticos, em que o mito deve ser visto em seu total contexto social e cultural para determinar a mensagem (conteúdo) que ele transmite através de sua organização interna (a forma) 144 , poderemos escapar das descrições universalistas que surgem para explicar as trajetórias dos heróis na virada do século XIX para o século XX, como os padrões estruturais esquematizados por Otto Rank, em 1909 145 . Essas teorias se apoiam na psicanálise para encaixar os mitos em padrões gerais, uma abordagem que consideramos não ser interessante para a análise histórica, uma vez que não permite que se determine as vicissitudes características do movimento histórico.…”

“…A memória, aqui, aparece como 72 técnica, muito valorizada na educação e na retórica medievais, como explorado por Mary Carruthers em seu The Book of Memory. 181 O detalhado estudo de memória de Carruthers permite-nos entrar em contato com a forma pela qual os medievais interagiam com essa dimensão na vida cotidiana. Segundo a autora, o ato de escrever faz diferença no processo medieval de armazenar a informação para transformá-la em memória, porque permite que seja associada a um locus visual.…”