O estudo objetivou identificar as estratégias de defesa contra o sofrimento no trabalho desenvolvidas por docentes da pós-graduação stricto sensu. Trata-se de pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. Participaram 47 docentes de uma universidade do Sul do Brasil, que responderam a um questionário baseado no Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento, sendo que dois representantes de cada um dos sete programas de pós-graduação stricto sensu da universidade também foram entrevistados. A investigação foi aprovada no Comitê de Ética da instituição e a coleta de dados ocorreu entre outubro de 2018 e março de 2019. Os docentes utilizam, predominantemente, estratégias de defesa individuais, dentre elas a psicoterapia, a religiosidade/espiritualidade e o apoio da família, seguidas, timidamente, de estratégias coletivas, estas centradas na boa relação com os colegas de trabalho e discentes, que são responsáveis por ressignificar as práticas laborais, contudo requerem mais investimento das instituições. Tais achados geram preocupação, uma vez que se entende que é na coletividade que ocorre a cooperação, a relação empática, a dialogicidade e a transformação da realidade laboral.