A doença renal crônica é caracterizada por alterações na estrutura e função renal, tendo caráter progressivo e comumente irreversível, sendo na maioria dos casos necessária a hemodiálise como método de terapia renal substitutiva. Pacientes renais submetidos a hemodiálise tem maiores chances de desenvolvimento de distúrbios nutricionais e alterações no metabolismo dos minerais. Tendo como objetivo avaliar o perfil nutricional de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Trata-se de um estudo transversal realizado com 83 pacientes em tratamento hemodialítico, numa clínica de hemodiálise localizada na cidade de Olinda, no período de maio e setembro de 2019. O estado nutricional foi avaliado através do Índice de Massa Corporal (IMC), a Circunferência do Braço (CB), Circunferência da Cintura (CC), Circunferência da Panturrilha (CPan), Prega Cutânea Tricipital (PCT) e Circunferência do Pescoço (CP) e da Relação Cintura-Estatura (RCE). Os parâmetros bioquímicos foram avaliados através de normalidade utilizados na Clínica e referidos por Martins. Em relação ao IMC, a frequência de excesso de peso foi 58,6%, ao analisar a CB 31,4% apresentaram desnutrição e 47,7% eutrofia. A PCT identificou indivíduos em excesso de peso e desnutrição com frequências semelhantes, em 42,2% e 39,8%, respectivamente. Cerca de 25,3% dos participantes apresentaram hiperfosfatemia e em relação ao cálcio 34,9% se encontravam com hipocalcemia e 15,7% apresentava hipercalcemia. A CP evidenciou nos homens um risco cardiovascular maior. Observou-se uma alta prevalência de excesso de peso na população estudada, com alto risco cardiovascular. Em relação a bioquímica foram encontradas frequências elevadas de alterações no cálcio sérico e bom controle do fósforo sérico. O perfil lipídico e o antropométrico mostraram alterações que exigem seguimento efetivo para essa população.