“…Estudos em ratos com desnutrição protéica ou protéico-calórica pré-natal e/ ou pós-natal revelam: (i) alterações morfológicas, tais como redução na densidade, número e tamanho das células neurais e gliais; redução no número de espinhos dendríticos e na razão de sinapses por neurônio (Galler, Shumsky & Morgane, 1996); redução na quantidade de mielina no nervo óptico (Vargas, V et al, 2000), no número de células GABAérgicas na retina (Silveira, Gardino, Bevilaqua & Hokoç, 2007), no número de axônios mielinizados e área de mielina no nervo óptico (Almeida, Silveira, Guedes, Hokoç & Martinez, 2005); (ii) alterações neuroquímicas, tais como redução e/ou aumento significativo na concentração de alguns aminoácidos; redução na concentração de lipídeos, DNA, RNA e proteínas no encéfalo (Nóbrega, 1998), além de alterações no sistema de neurotransmissão, mostrando alterações na densidade dos receptores, bem como nos níveis e na liberação dos neurotransmissores (Almeida, Tonkiss & Galler, 1996;Rotta et al, 2008;Soto-Moyano et al, 1993); (iii) alterações comportamentais, tais como dificuldade na extinção de comportamentos aprendidos, diminuição nas brincadeiras e na interação social (Almeida & De Araújo, 2001;Camargo & Almeida, 2005); (iv) alterações no estado emocional, motivacional e ansiedade, como o aumento no comportamento agressivo e na impulsividade, além de baixa ansiedade em situações aversivas expressa pela redução nos comportamentos de evitação (Galler, Shumsky & Morgane, 1996;Levitsky & Strupp, 1995) e (v) prejuízos cognitivos relacionados, principalmente, à aprendizagem, memória e atenção, como dificuldades em tarefas de discriminação visual (Galler, Shumsky & Morgane, 1996;Rotta et al, 2008;Ranade et al, 2008) …”