Objetivo: Analisar as relações entre os fatores contingenciais externos e as práticas gerenciais associadas à mensuração de desempenho no âmbito de Organizações Não Governamentais brasileiras.
Método: Foi utilizado uma survey por correspondência com 43 organizações listadas na Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais. As variáveis utilizadas para operacionalizar o estudo, foram subdividas em dois blocos. O primeiro bloco, foi destinado ao fator contingencial Ambiente externo, por meio das variáveis intensidade da concorrência, dinamismo ambiental e incerteza ambiental. O segundo bloco, foi destinando as práticas gerenciais de mensuração de desempenho, por meio das variáveis planejamento de desempenho; indicadores de desempenho; objetivos de desempenho; instrumentos de coleta de dados e recompensas e sanções. Como técnica estatística para análise de resultados, foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, considerando significantes os testes com níveis de 99% (p= 0,01).
Resultados: Os resultados indicaram que os fatores contingenciais externos não influenciaram a maioria das práticas gerenciais de mensuração de desempenho, revelando indícios da ausência de influência nas ações dos gestores e na configuração organizacional das organizações não governamentais brasileiras.
Contribuições: Investigação empírica do ambiente externo das organizações não governamentais e sua relação com as práticas de mensuração de desempenho utilizadas por gestores, não se baseando apenas em aspectos ideológicos. Dessa forma, o artigo contribuiu para literatura e prática profissional, com a compreensão das possíveis adaptações gerenciais às circunstâncias contingenciais de organizações do Terceiro Setor.