O objetivo do estudo é identificar os procedimentos utilizados por hospitais privados brasileiros na gestão de custos ambientais. Aplicou-se uma pesquisa do tipo survey, composta por assertivas com escalas do tipo Likert de cinco pontos, cujo instrumento foi encaminhado aos respectivos contadores e gerentes da área ambiental de 1.188 hospitais. Os dados de 101 hospitais (8,5% da população) foram coletados em outubro/2017 e foram analisados por meio de estatística descritiva e as hipóteses oriundas da literatura foram testadas pelo modelo de Mann-Whitney, pelo coeficiente de Spearman e pelo modelo de regressão linear múltipla. Os resultados apontam que, em geral, nos hospitais há pouca contabilização e utilização de práticas de gestão de custos ambientais. Os contadores evidenciam pouco conhecimento em contabilidade ambiental. Nos hospitais pesquisados a gestão dos custos ambientais não é tratada de forma estratégica, limitando-se apenas a cumprir a legislação. Não foi possível identificar a existência de relacionamento entre o controle de custos ambientais e o desempenho econômico dos hospitais. Verificou-se, estatisticamente, que os hospitais de maior porte são aqueles que apresentam maior volume de investimentos nas questões ambientais e maior controle dos custos ambientais. Constatou-se que o tema é ainda incipiente nos hospitais pesquisados.