Artigo de revisão Resumo Sabe-se que cerca de 10% das gestações cursam com hipertensão arterial, o que representa a primeira causa de mortalidade materna no Brasil. A pré-eclâmpsia é condição sistêmica que se manifesta clinicamente com o aparecimento de hipertensão arterial após a 20ª semana de gestação, em mulheres previamente normotensas, associada à proteinúria. Não há consenso na literatura sobre a conduta farmacológica mais adequada e tampouco se há vantagens em usar fármacos anti-hipertensivos nos casos de pré-eclâmpsia. Sendo assim, este artigo busca reunir informações de pesquisa em bancos de dados, como Cochrane Library, Medline (por meio do PubMed), Google Acadêmico e SciELO, a fim de revisar a conduta proposta atualmente para o tratamento antihipertensivo de manutenção da pré-eclâmpsia. As mais usadas são aquelas que não trazem riscos ao binômio maternofetal ou seus riscos são mínimos, como a hidralazina, nifedipina, alfametildopa e labetalol. Contudo, concluímos que não há conduta-padrão e, sendo assim, a escolha do medicamento vai depender da experiência de cada obstetra e da rotina adotada para aquele serviço.