“…Uma análise cuidadosa permite constatar que a literatura contemporânea vincula identidade de gênero a funcionamento sexual, mas com algumas diferenças. Enquanto alguns artigos consideram o funcionamento sexual como um aspecto da investigação da satisfação com o sexo designado e esta, por sua vez, como aspecto da identidade de gênero (Berenbaum & Bailey, 2003;Meyer-Bahlburg, 1999b;Migeon, Wisniewski, Gearhart, et al, 2002;Wisniewski et al, 2000;Zucker, 1999), outros tendem a limitar a identidade de gênero ao funcionamento sexual (Fausto-Sterling, 2000;Minto et al, 2001;Minto, Liao, Conway, et al, 2003;Min-to, Liao, Woodhouse, Ransley & Creighton, 2003;Schober, 2001;Wilchins, 2002). Também se passou a questionar a orientação dada em termos de uma identidade de gênero dicotômica (masculina versus feminina), sem consideração à complexidade da sexualidade humana (Fausto-Sterling, 1993).…”