Manejo da dor neonatal em uma maternidade de risco habitual

Abstract

Objetivo: identificar o manejo da dor neonatal na perspectiva de profissionais líderes da equipe de saúde em uma maternidade de risco habitual. Método: estudo qualitativo realizado entre setembro e dezembro de 2016 com oito profissionais líderes da equipe de saúde de uma maternidade do interior paulista, sendo três enfermeiras, dois médicos pediatras, uma técnica de Enfermagem, uma auxiliar de Enfermagem e uma técnica de laboratório. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, cujas falas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo, na modalidade temática. Resultados: as verbalizações mostraram que a avaliação da dor neonatal era realizada de forma subjetiva, a partir de aspectos observados pela equipe, como alterações em face, sinais vitais, movimentos e choro. Houve relatos de dificuldades para avaliar a dor neonatal e divergências quanto ao momento indicado para avaliação. Os métodos não farmacológicos foram citados como estratégias que facilitam o manejo da dor neonatal. Entretanto, apesar dos depoimentos serem favoráveis à utilização, o conhecimento acerca dessas técnicas mostrou-se superficial, uma vez que falas incluíam “eu desconheço” e “nunca li nada a respeito”, bem como se tornou evidente a dificuldade de aplicá-los. Pontuaram ainda a necessidade de treinamentos/ capacitações frequentes acerca da avaliação e tratamento da dor neonatal, bem como de implantar protocolos, utilizar escalas e sensibilizar a equipe de saúde. Conclusão: evidenciou-se conhecimento superficial dos profissionais líderes da equipe de saúde quanto à avaliação e manejo não farmacológico da dor neonatal, além da ausência de protocolos formais e capacitações.

Avaliação E Manejo Dos Níveis De Dor Na Criança Pela Equipe De Enfermagem

“…As medidas não farmacológicas objetivam diminuir a dor pela redução de estímulos agressivos do ambiente, contribuindo para diminuir o estresse e evitar alterações fisiológicas e comportamentais. Essas medidas mostram uma efetividade na assistência do enfermeiro, uma vez que possuem resultados positivos para o paciente 6. Em relação ao manejo da dor dos neonatos com métodos não-farmacológicos, foram citados o contato pele a pele, a amamentação, mudança de decúbito, massagem local, sucção não nutritiva, banho de imersão, a redução da luminosidade, glicose e sacarose e envolvimento, são estratégias que combinadas a outras intervenções contribuem para o alívio da dor e do conforto neonatal 6,8,11,12 .…”

“…Quando utilizada antes de procedimentos dolorosos, a sacarose libera opioides que irão bloquear o processo de dor. Já a sucção não nutritiva diminui a agitação do neonato, melhorando o desconforto e consequentemente aliviando a dor 6. Em crianças maiores, a partir dos 5 anos de idade, que são capazes de relatar o que sentem, os métodos não farmacológicos mais citados foram as práticas manipulativas corporais, como a massagem e a acupuntura, que proporcionam efeitos homeostáticos e harmonizando psicologicamente o paciente 13. Apesar da ciência que os métodos não-farmacológicos facilitam o manejo da dor e dos profissionais serem favoráveis a esta prática na sua assistência ao paciente, ainda existem barreiras que limitam uma ideal gestão da dor na criança por parte da equipe de enfermagem, principalmente um conhecimento superficial acerca dessas técnicas, reforçando a importância de capacitação dos profissionais 11 .…”

Intervenções de enfermagem no manejo da dor em recém-nascidos: revisão integrativa

“…A padronização de procedimentos e contundas no manejo da dor é de suma importância para a unidade, pois, tem-se uma melhor organização da assistência e gestão, sendo requeridos também para obtenção de títulos de qualidade por parte da instituição hospitalar (Oliveira et al, 2020).…”