Manejo da radiodermite em pacientes oncológicos: revisão integrativa

Abstract

A radiodermite afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes submetidos à terapia radioterápica por serem dolorosas, podendo ocorrer infecções locais e sistêmicas em alguns casos. Por se tratarem de feridas complexas de difícil cicatrização, as lesões cutâneas pela radiodermite podem ter repercussões, com estigma social e pessoal, pelas alterações na imagem corporal, principalmente nos casos de quem irradia regiões como a cabeça, pescoço e mamas. O presente estudo teve como objetivo verificar quais as recomendações e evidências científicas para o manejo da radiodermite em paciente oncológicos, na literatura nacional e internacional. Trata-se de um estudo de revisão integrativa com cinco artigos científicos selecionados nos últimos dez anos, através da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Três publicações avaliadas com delineamento descritivo e transversal, nas quais foram respondidos questionários sobre a atuação do profissional enfermeiro frente ao manejo de radiodermite. Destacou-se a necessidade do uso de escalas de avaliação para caracterização da toxicidade induzida pela radiação e o desenvolvimento de protocolos clínicos para promover melhorias na prática assistencial com padronização de condutas, baseada em evidência cientifica. Verificou-se que nesta revisão integrativa não houve dentre as publicações analisadas nenhum produto que demonstrou eficácia no manejo tópico da radiodermite. Enfatiza-se a necessidade de realizar mais estudos experimentais como ensaios clínicos, randomizados, controlados e multicêntricos para embasar a prática baseada em evidências.

Fatores associados à qualidade de vida de mulheres submetidas à radioterapia

“…A literatura tem evidenciado a importância de classificar as reações cutâneas e identificar seus impactos mediante a aplicação de escalas de avaliação (12) . Pesquisas anteriores buscaram identificar os efeitos e os melhores tratamentos tópicos para o manejo da radiodermatite (12,13) . Com vista à avaliação na rotina profissional dessas alterações cutâneas, os profissionais de enfermagem utilizam escalas de avaliação (13) , entretanto a classificação da radiodermatite conta com parâmetros diferentes, que dependem da subjetividade do avaliador (14) .…”

“…Pesquisas anteriores buscaram identificar os efeitos e os melhores tratamentos tópicos para o manejo da radiodermatite (12,13) . Com vista à avaliação na rotina profissional dessas alterações cutâneas, os profissionais de enfermagem utilizam escalas de avaliação (13) , entretanto a classificação da radiodermatite conta com parâmetros diferentes, que dependem da subjetividade do avaliador (14) . Convém destacar também que, nas principais escalas utilizadas na oncologia, como a RTOG (9) e a RISRAS (15) , em que os sintomas são autorreferidos pelos pacientes e a avaliação da pele é feita pelo profissional, o tipo de pele não é levado em consideração durante a avaliação.…”

Factors associated with the quality of life of women undergoing radiotherapy

“…The literature has pointed out the importance of classifying skin reactions and identifying their impacts through the application of assessment scales (12) . Previous research sought to identify the effects and best topical treatments for the management of radiodermatitis (12,13) . Aiming at evaluate in the professional routine these skin changes, nursing professionals use assessment scales (13) , however, the classification of radiodermatitis has different parameters, which depend on the subjectivity of the evaluator (14) .…”

“…Previous research sought to identify the effects and best topical treatments for the management of radiodermatitis (12,13) . Aiming at evaluate in the professional routine these skin changes, nursing professionals use assessment scales (13) , however, the classification of radiodermatitis has different parameters, which depend on the subjectivity of the evaluator (14) . It is also worth highlighting that, in the main scales used in oncology, such as the RTOG (9) and RISRAS (15) , in which symptoms are self-reported by patients and the skin assessment is made by the professional, the skin type is not considered during the assessment.…”