Manejo do paciente com COVID-19 em pronação e prevenção de Lesão por Pressão

Abstract

RESUMO: O COVID-19 atingiu todos os continentes, sendo então caracterizado como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde. É uma doença infectocontagiosa proveniente do novo vírus SARS-CoV-2, que pode evoluir para quadro mais grave do COVID-19, a Síndrome Respiratória Grave Aguda (SRGA). Como medida profilática, esses pacientes são submetidos a intubação orotraqueal fechada. Com intuito de melhorar o padrão respiratório existe a indicação para posicionamento em prona, que por sua vez, tem como complicação as lesões por pressão. Objetivos: Identificar os cuidados a serem executados por meio da posição de pronação no leito em pacientes com a COVID-19, bem como o manejo da prevenção de lesões por pressão relacionadas a este posicionamento. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura sobre os manejos de pacientes diagnosticados com COVID-19 que evoluíram para SRAG e submetidos a manobra de pronação. Resultados: O treinamento da equipe para pronar o paciente é de suma importância para que seja feita de maneira efetiva e segura de modo a minimizar os riscos de eventos adversos desta intervenção. Conclusões: Ressalta-se que essas lesões podem prolongar o tempo de internação tendo em vista o risco de infecções, consequentemente o aumento do uso de medicamentos e demais complicações clínicas. Desse modo é viável, realizar as intervenções propostas nesse trabalho para se prevenir esse agravo.

Variações De Procedimentos Na Posição Prona E Indicações Deste Posicionamento Em Pacientes Com Covid-19: Revisão De Escopo

“…Utilização de sabão com pH neutro, hidratação da pele, uso de cremes de barreira e espumas de silicone, avaliação diária da pele, utilização de coxins e mudança de decúbito da cabeça. [13][14] Eletrocardiograma/ Monitorização cardíaca 01 1,8 Posicionamento dos eletrodos no dorso do paciente, diretamente opostos à sua posição anterior típica. [15][16] Tão pertinente quanto o conhecimento acerca dos procedimentos realizados durante a posição prona, destaca-se as indicações para o uso desse posicionamento, sobretudo nos pacientes com COVID-19.…”

“…Após o banho, orienta-se usar emolientes, diariamente, para manter a hidratação. 13 Em razão da necessidade de longos períodos em posição prona, pacientes submetidos a essa manobra apresentam pontos de pressão em face. Para alívio dos pontos de pressão, recomenda-se o uso de espuma de silicone.…”

“…Também deve-se colocar espuma de silicone abaixo dos dispositivos que estejam em uso, como no tubo orotraqueal. [13][14] Aconselha-se utilizar creme de barreira e sprays de barreira, livres de petrolatum, como Sorbaderm® e Cavillon®, se houver disponibilidade. A aplicação desses produtos deve ser feita após limpar e secar a pele, em áreas propensas a umidade e pressão, como tórax e membros.…”

“…Ainda, deve-se evitar o uso de cremes que contenham zinco na sua composição, pois ocluem os poros da pele e desfavorecem a absorção da umidade. 13 Medidas como colocar coxins sobre tórax e pelve, mantendo o abdômen livre; observar diariamente alterações na coloração, temperatura, textura e integridade da pele, para análise da distribuição da pressão; mudar a cabeça do paciente de decúbito a cada 2h; e aplicar hidrofibra ou alginato de cálcio para controle excessivo de umidade também estiveram presentes nos estudos como procedimentos realizados com intuito de prevenir LPP. [13][14] Apesar dos benefícios, a posição prona não é isenta de riscos e apresenta a possibilidade de complicações, como edema facial e lesões por pressão na região da face, região torácica e membros inferiores e superiores.…”

Terapia por pressão negativa em paciente com lesão por pressão e COVID-19: relato de caso

“…Da mesma forma, a infecção e agravamento da COVID-19 levou o paciente a um estado clínico de difícil manejo, e consequentemente ao desenvolvimento da lesão por pressão. Estudo traz que essas lesões podem prolongar o tempo de internação pelo risco de infecções, e aumento do uso de medicamentos, bem como pelas complicações clínicas (12) .…”