O ensino de conteúdos científicos de forma descontextualizada é um dos fatores que contribui para dificuldades de aprendizagem dos alunos, não permitindo que ela seja significativa. Para que esse problema seja superado, a identificação dos conhecimentos prévios é etapa fundamental, porque a partir deles, o professor pode traçar estratégias pedagógicas que possibilitem ao discente associar o conhecimento à sua realidade. Assim, este estudo centra-se no uso de mapas conceituais para identificar os conhecimentos prévios relativos aos conteúdos químicos de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual localizada em um município do interior da Paraíba. Utilizou-se do paradigma teórico-metodológico proposto por Ausubel (1963) para promover a interação dos conhecimentos já existentes na estrutura cognitiva dos alunos e o conteúdo “Substâncias e Misturas: preservação dos recursos hídricos”. A análise dos mapas conceituais baseou-se numa escala de 20 pontos que contemplou os cinco critérios, sendo eles: Organização, Interconectividade, Clareza e Compreensão, Precisão da informação e Layout. A análise deles revelou que 62,3% dos critérios estabelecidos foram contemplados pelos estudantes, indicando que, de uma forma geral, foi possível identificar a presença de conhecimentos prévios relativos ao conteúdo abordado em mais da metade dos alunos participantes da pesquisa, uma vez que nem todos os discentes construíram os mapas. Assim, observou-se que o uso dos Mapas Conceituais, no ensino de Ciências, é uma ferramenta auxiliadora da aprendizagem, bem como pode possibilitar aos estudantes explorar seus potenciais cognitivos.