Introdução: As plantas possuem metabolismo que resulta na produção de uma ampla gama de substâncias químicas. Embora as plantas ornamentais possam ser atrativas, as plantas tóxicas, pertencentes à família Araceae, contêm substâncias capazes de interferir nas funções metabólicas e desencadear reações biológicas. Objetivo: Apresentar os riscos associados a utilização de plantas venenosas da família Araceae na ornamentação de casas e jardins públicos. Metodologia: A revisão foi realizada pelas recomendações do formulário Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses - PRISMA. Utilizou-se os bancos de dados: PUBMED, PERIÓDICOS CAPES, SCIELO e BVS. Foi realizado o cruzamento de palavras em português, inglês e espanhol em estudos publicado entre 2016 e 2023. Resultados: Foram identificados 613 resultados, excluindo os duplicados foram selecionados 168 artigos, dos quais 125 foram excluídos por estarem fora do foco do estudo. Dos 43 resultados, 25 foram descartados por estarem fora dos idiomas desejados, 18 resultados compõem o quadro analítico e as discussões. Plantas da família Araceae, como as de nomes popular “comigo-ninguém-pode”, “copo de leite”, “tinhorão” e “taioba-brava”, contêm substâncias tóxicas que podem causar intoxicações graves se ingeridas, inaladas ou tocadas. Essas toxinas incluem glicosídeos, alcaloides cardiotônicos, cristais de oxalato de cálcio, taninos e saponinas, afetando vários sistemas do corpo, entre lesões gastrointestinal, nervoso, cardíaco, pulmonar e dermatológico. Os sintomas podem variar de irritação da pele a danos no fígado, hipertensão, convulsões e até resultados fatais. Deve-se ter cuidado ao manusear ou consumir essas plantas. Conclusão: O uso de plantas da família Araceae para decoração em residências e jardins públicos acarreta riscos substanciais devido à sua toxicidade inerente. Os farmacêuticos desempenham um papel fundamental na educação do público sobre os perigos potenciais associados às plantas Araceae.