Objetivo: apresentar e refletir sobre os movimentos de censura aos livros nos últimos anos e as ações de resistências, nacionais e internacionais, com vistas a alertar a comunidade bibliotecária não apenas para as ações de censura, mas também de resistência e enfrentamento necessárias, sobretudo nos últimos anos.
Método: Adotou-se um estudo exploratório e de abordagem qualitativa, alicerçado na perspectiva teórico-metodológica de Michel Foucault, observando os enunciados de reportagens com a temática de censura relacionadas aos livros e às bibliotecas. O corpus de análise abrangeu notícias vinculadas na mídia nacional e internacional no período de 2020 a 2022.
Resultado: Com o levantamento, apresentamos os casos de censuras que ocorreram no Kuwait, Estados Unidos e Brasil. Observamos a existência tanto de censura prévia aos livros quanto de ações que envolvem a retirada de obras já disponíveis em bibliotecas, em especial, escolares e públicas, por exigência de parte de suas comunidades. Diante do que compilamos e refletimos, listamos dez formas de resistência à censura aos livros e às demais produções bibliográficas na atualidade.
Conclusões: Apesar de constantes ataques à liberdade de expressão e de pensamento, como ao livro que se deseja ler, diferentes ações de resistência e enfrentamentos podem ser vistas, seja por meio das comunidades locais que se unem para proteger as obras e as bibliotecas, seja de profissionais e organizações ligadas à comunidade bibliotecária que tem sido incansáveis na luta e na preservação de direitos. Ressaltamos a importância da imprensa livre e independente como pilar da democracia e a necessidade de união e fortalecimento dos vínculos entre bibliotecas, suas comunidades e a área da Biblioteconomia para que ações de censura sejam denunciadas e combatidas.