Especialistas têm debatido a existência de uma tipologia Adão-Cristo em Mc 1.12-13. O objetivo principal aqui é descrever e questionar os argumentos em favor desta leitura, reafirmando a posição contrária. A associação de "animais selvagens" com oposição ao povo de Deus no AT e textos do período intertestamental será investigada a fim de demonstrar que os "animais selvagens" em Mc 1.13, em termos da redação marcana, são símbolos apocalípticos de oposição a Jesus. Por fim, como contribuição ao debate, examina-se a relação dos 'animais selvagens' e os anjos com Jesus neste perícope à luz da tradição do Guerreiro Divino.