O cisto dentígero é identificado como uma cavidade revestida de epitélio odontogênico que circunda a coroa de um dente incluso, localizando-se principalmente na mandíbula e na região do terceiro molar inferior. Sua formação ocorre devido ao acúmulo de fluído, originado pela pressão exercida no folículo, por um dente que tenta erupcionar. É mais comum em indivíduos entre 10 e 30 anos de idade, havendo preferência por pacientes do sexo masculino. A lesão normalmente é assintomática, sendo descoberta em exames radiográficos de rotina. Radiograficamente observa-se uma área radiolúcida bem delimitada associada à coroa de um dente incluso. As opções de tratamento são enucleação, marsupialização e a descompressão seguida por enucleação. As hipóteses de diagnóstico inicial foram cisto dentigero, ceratocisto ou ameloblastoma unicistico. O objetivo deste trabalho é dissertar um caso clínico, de uma paciente, do sexo feminino, 32 anos de idade, melanoderma, que apresentava um cisto dentígero de grande extensão associado ao elemento dentário 38 incluso. A opção de tratamento abordada, foi de acordo com as características das lesões, foi instituída a enucleação com remoção do elemento envolvido e o acompanhamento clínico com exames radiográficos. Concluiu-se que diante da grande frequência, torna-se indispensável o conhecimento do cirurgião-dentista acerca das características clínico-radiográficas do cisto dentígero para que possam ser adequadamente diagnosticados e tratados. No acompanhamento radiográfico revela completa neoformação óssea local, sem sinal de recidiva da lesão.