Porto Alegre, v. 22, n. 4, outubro, novembro e dezembro de 2015.
RESUMOO neologismo phubbing, junção de palavras que remetem às atividades mediadas pelo telefone e efeitos de desprezo, fornece imperativos para acentuar a percepção ubíqua de ser aborrecido, ignorado e ofendido em razão de um dispositivo móvel presente em situações de interação pessoal. Seu sintomático registro acompanha importantes descobertas sobre a difusão de mídias móveis em países em desenvolvimento, em cujos jovens são os grupos sociais mais ativos nesse cenário.Incorporando e relacionando a teoria do deslocamento da mídia, focamo-nos na análise de um questionário sobre jovens brasileiros e chineses, identificando como compreendem e lidam com as tensões entre as mídias móveis e a interação face-a-face. Os resultados podem contribuir com novas nuances a discussão sobre deslocamento da mídia.Palavras-chave: Phubbing. Deslocamento da mídia. Mídias móveis.
ABSTRACTThe neologism of phubbing, a coalesce of phone mediated activities and snubbing effects, caters to the public's imperative to accentuate the ubiquitous perception of being annoyed, disregard, and offended in light of phone's presence in co-present situation. Its symptomatic recordaccompanies important achievements of diffusing mobile media in developing countries, in which young people are one of the most active social groups in this scenario. By incorporating and relating to the theories of media displacement, we focus on the analysis of a Brazilian and Chinese young people survey, pinpointing how they understand and cope with the tensions between mobile media and face-to-face interaction. The results might provide new tissues to the discussions on media displacement.