O presente estudo buscou identificar os transtornos mentais da mãe no puerpério e a relação com a prematuridade. Trata-se de uma pesquisa quantitativa realizada a partir da coleta de dados de 72 puérperas de parto a termo e pré-termo, em um período de até 2 meses, com idade maior que 18 anos. Os dados foram coletados através de um questionário online, na plataforma “Google Forms”, e de forma presencial, totalizando 10 perguntas na Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo e 12 sociodemográficas. Dentre as entrevistadas, 26.4% às vezes tem se culpado sem razão quando as coisas dão errado; 9.7% têm pensado no futuro com alegria um pouco menos que de costume; 23.6% não tem sido capaz de rir e achar graça das coisas como antes. Com isso, foi possível observar o aumento dos distúrbios mentais no período pós-parto. Dentre as puérperas com bebês prematuros (22.3%), 33% apresentaram um EPDS maior ou igual a 10, evidenciando-se que a prematuridade pode ser um fator agravante para o desenvolvimento de distúrbios mentais. Conclui-se, dessa forma, que existe uma importante relação dos transtornos mentais com o período puerperal e, portanto, que podem ser intensificados diante do fator prematuridade do bebê.