Mau Maus of the Mind: Making Mau Mau and Remaking Kenya

Abstract

This article explores the imaginative meanings of Mau Mau which white and black protagonists invented out of their fearful ambitions for the future of Kenya. Within the general assumptions of white superiority and the need to destroy Mau Mau savagery, four mutually incompatible European myths can be picked out. Conservatives argued that Mau Mau revealed the latent terror-laden primitivism in all Africans, the Kikuyu especially. This reversion had been stimulated by the dangerous freedoms offered by too liberal a colonialism in the post-war world. The answer must be an unapologetic reimposition of white power. Liberals blamed Mau Mau on the bewildering psychological effects of rapid social change and the collapse of orderly tribal values. Africans must be brought more decisively through the period of transition from tribal conformity to competitive society, to play a full part in a multi-racial future dominated by western culture; this would entail radical economic reforms. Christian fundamentalists saw Mau Mau as collective sin, to be overcome by individual confession and conversion. More has been read into their rehabilitating mission in the detention camps than is warranted, since they had no theology of power. The whites with decisive power were the British military. They saw the emergency as a political war which needed political solutions, for which repression, social improvement and spiritual revival were no substitute. They, and the ‘hard-core’ Mau Mau detainees at Hola camp who thought like them, cleared the way for the peace. This was won not by any of the white constructions of the rising but by Kenyatta's Kikuyu political thought, which inspired yet criminalised Mau Mau.

Missionários da Consolata Aqui e na àfrica

“…No caso do Quênia, os conflitos raciais foram expressos, sobretudo, pelos conflitos encabeçados pelo Mau Mau, que, segundo Lonsdale (1990), no contexto das lutas anticoloniais, apresentou os brancos como uma violenta concentração de todos os perigos aos quais o Quênia estava exposto. O movimento Mau Mau teve, segundo Lonsdale (1990), raízes nos conflitos entre os colonos brancos e os Kikuyu 4 , tendo permanecido mais ou menos restrito ao plano econô-mico até 1945, quando atingiram o plano político, transformando-se numa revolta anticolonial que marcou um contexto de terror político no Quênia.…”

“…O movimento Mau Mau teve, segundo Lonsdale (1990), raízes nos conflitos entre os colonos brancos e os Kikuyu 4 , tendo permanecido mais ou menos restrito ao plano econô-mico até 1945, quando atingiram o plano político, transformando-se numa revolta anticolonial que marcou um contexto de terror político no Quênia.…”

“…No caso kikuyu, de acordo com Lonsdale (1990), num primeiro momento, as autoridades coloniais se apoiaram na autoridade dos chefes tradicionais para conter conflitos, mas, na década de 1940, a posição dos chefes passou a ser questionada, pois sendo o trabalho agrário dirigido pelos chefes familiares considerado uma virtude para os Kikuyu, esta virtude foi transformada em zombaria à medida que estes chefes foram expropriados de suas terras e se tornaram dependentes do trabalho no exterior das comunidades. Num outro texto, Lonsdale (1987) afirma que a expropriação territorial e o emprego de mão-de-obra da população Kikuyu não foi uma exclusividade dos colonos brancos, mas teve uma efetiva participação de uma elite não oficial (Kikuyu).…”

“…A questão fundiária somada à segregação racial e política e à supremacia branca constituiu-se, segundo Lonsdale (1990), em elementos para a formação do Mau Mau. Além disso, continua este autor, a partir de 1954 os britânicos começaram a reagir ante a formação de guerrilhas Mau Mau realizando intervenções do exército, multiplicando a polícia 6 e organizando a resistência kikuyu, uma espécie de polícia tribal, subordinada a alguns chefes considerados leais aos britânicos, que se transformou numa milícia privada, a Guarda Kikuyu, com mais de vinte mil homens.…”

“…O Mau Mau foi, de acordo com autores como Lonsdale (1990), Lanternari (1974) Ainda de acordo com Lonsdale (1999), após terem sido demolidas as defesas Mau Mau, os missionários o tomaram como contra-exemplo para recuperar a crença Kikuyu para fins nacionalistas e para deter o comitê racial. Nesse sentido, pelo que se pode depreender dos relatos publicados na revista Missioni Consolata, os missionários eram simpáti-cos aos movimentos nacionalistas.…”