“…Embora possam existir imperfeições na prática de uma cultura escolar meritocrática, é necessário reconhecer, segundo alguns autores (Santos, 2012;Antunes et al, 2015;Rohling & Valle, 2016;Kostet et al, 2020;Barrera et al, 2021), a vantagem em relação a dispositivos de seleção e estratificação baseados na herança cultural, social ou económica, pois o facto de os alunos crerem no processo promove a motivação e o esforço para atingirem o sucesso, apesar de a grande maioria argumentar criticamente contra a prática da meritocracia. Importa, no entanto, prevenir o efeito contrário sobre aqueles que não atingem os lugares de distinção e que, portanto, são perdedores, podendo haver uma tendência para a desmotivação e a insegurança face ao futuro (Mijs, 2016;Donovan, 2017;Reay, 2020;Tašner & Gaber, 2022).…”