O objetivo deste artigo é analisar a eficácia da variância e de medidas de downside risk para formação de carteiras de investimentos no mercado de ações brasileiro. Utilizando as metodologias de Ang (1975), Markowitz et al. (1993), Ballestero (2005), Estrada (2008) e Cumova e Nawrocki (2011), foi verificado qual o melhor método para resolução do problema de matriz assimétrica e endógena e, inspirando-se nos trabalhos de Markowitz (1952) e Lohre, Neumann e Winterfeldt (2010), foi constatada qual métrica de risco é mais indicada para a realização da alocação mais eficiente dos recursos disponíveis no mercado acionário do Brasil. A amostra utilizada foi composta pelas ações do IBrX 50, no período de 2000 a 2013. Os resultados indicaram que, ao empregar a semivariância como medida de risco assimétrico, caso o investidor possua meios para utilizar modelos mais requintados para resolução do problema da matriz de semivariância-cosemivariância assimétrica, será mais eficaz o modelo de Cumova e Nawrocki (2011). Além disso, a partir dos dados brasileiros, o VaR apresentou-se mais eficaz do que a variância e outras medidas de downside risk no que tange à minimização do risco de perda. Assim, dada a premissa de que o investidor possui preferências assimétricas em relação ao risco, a formação de carteiras de ações no mercado brasileiro é mais eficiente ao se utilizar critérios de minimização de downside risk do que a abordagem tradicional de média-variância.