A infrequência, evasão e o abandono escolar se apresentam como um problema social apoiado em legislações que regulamentam a universalização do acesso escolar. A presente pesquisa tem como meta identificar as representações sociais que um estudante, com histórico de infrequência escolar, possui a respeito da escola e de quanto essas significações contribuíram com o fortalecimento ou enfraquecimento de seu vínculo escolar. Para tanto, foi participante do estudo um adolescente do primeiro ano do ensino médio, com idade de 16 anos. Foram utilizados, como instrumento de coleta de dados, um roteiro de entrevista semiestruturada, desenho livre, diário de campo e observação livre. A análise das informações foi realizada baseando-se na proposta de Creswell da qual derivaram três temas: (a) a infrequência escolar como coadjuvante de um contexto; (b) o resgate das potencialidades virtuosas: um olhar para a singularidade e (c) escola como um lugar de fortalecimento das potencialidades virtuosas. Os resultados encontrados nesse estudo indicaram que a escola foi representada pelo estudante de forma distinta de acordo com cada vivência escolar. Desse modo, é necessário que as escolas sejam espaços que considerem as singularidades e necessidades de seus estudantes.
Palavras-chave: escola, estudo de caso, representação social