“…Dentro dessa "cultura política" , o OP não é o único meio pelo qual o indivíduo se desenvolve e mobiliza como cidadão (Abreu, 2016;Fung, 2015), mas é um dos que se destacam em diferentes municípios no Brasil. Apesar de não ser uma das primeiras experiências no Brasil, o OP de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, é o caso mais famoso e estudado no mundo (Aragones & Sánchez-Páges, 2009;Fung, 2006;Jaimes, 2013;Lerner, 2011;Pape & Lerner, 2016;Oliveira, 2016). Ele consolidou--se como referência no assunto por ter, em seu modelo, ideias e experiências participativas que têm servido de exemplo, como: o fato de o processo ser aberto a qualquer indivíduo; combinar democracia participativa e representativa, implicar deliberação e não somente consulta popular; buscar a redistribuição de renda; e se autorregular, pois os participantes definem as regras do processo (Goldfrank, 2006).…”