Introdução: O diagnóstico de fratura por estresse no planalto tibial medial pode ser confundida com outros diagnósticosdiferencias, justamente porque o local de dor e sensibilidade a palpação é muito semelhante a lesões meniscais e tendiniteda pata de ganso, que são lesões comuns em pacientes corredores. Objetivo: Relatar dois casos que foram interpretadosinicialmente como tendinite na pata de ganso na avaliação inicial, e após reavaliação ambulatorial, foi realizado diagnósticode fratura por estresse bilateral no planalto tibial medial. Relato dos Casos: Duas pacientes do sexo feminino, 31 e 32 anos respectivamente, começaram a prática de corrida de rua, sem supervisão, e seis e oito semanas após o início da prática, evoluíram com dor nos joelhos, bilateralmente, na face medial. Na avaliação inicial o quadro foi interpretado como tendinite da pata de ganso. Como não tiveram melhora, procuraram novo atendimento médico, em que foi feito suspeita diagnóstica de fratura por estresse no planalto tibial medial, e foram solicitados exames de ressonância magnética bilateral, que confirmaram o diagnóstico. Ambas as pacientes foram tratadas de forma conservadora, com restrição para atividades de impacto por 6 semanas, carga conforme dor, analgesia simples com dipirona, gelo, e ibandronato sódico por 2 meses. As pacientes retornaram após 6 semanas com melhora clínica. Após sessões de fisioterapia foram liberadas para atividades de impacto com sucesso. Conclusão: Esses casos enfatizam a importância da suspeita diagnóstica de fratura por estresse no planalto tibial medial em pacientes corredores recreacionais com quadro de dor na região medial do joelho, principalmente se houve uma mudança no seu padrão ou intensidade de corrida.
Palavras chave: Joelho, Fratura por estresse, Fraturas da tíbia