Mediastinite pós operatória em cirurgia cardíaca / Postoperative Mediastinitis in Cardiac Surgery

Abstract

Este artigo buscou detalhar como ocorre a mediastinite pós-operatória em cirurgia cardíaca e quais os impactos gerados em pacientes submetidos a este tipo de procedimento. A mediastinite possui uma alta taxa de mortalidade e morbidade, porém uma baixa prevalência, causada por infiltração e desenvolvimento ou proliferação de agentes infecciosos em resposta ao dano tecidual envolvendo o mediastino, causada por bactérias Gram positivas e Gram negativas. As diversas causas de infecção mediastinal envolvem fatores de risco antes, pré e após a cirurgia. O diagnóstico geralmente é clínico, se manifestando em um padrão sistêmico, além de apresentar achados em exames laboratoriais e imagens. A classificação é dividida em cinco tipos, realizada a partir do tempo do pós-operatório, os fatores de risco e tratamento. A infecção mediastinal é uma complicação grave da cirurgia, geralmente requer terapia antibacteriana de alto custo, cirurgia adicional com o intuito de controlar a infecção e estadias mais longas no hospital. Ainda que as técnicas venham sendo cada vez mais aprimoradas com auxílio do desenvolvimento de equipamentos e drogas farmacológicas, falta um maior investimento em estudos nesse contexto, a fim de diminuir o risco de infecções cirúrgicas e eventualmente a óbito.

Mediastinite No Pós-Operatório De Cirurgia Cardíaca: Uma Revisão Integrativa

“…Em um outro manuscrito os autores buscaram detalhar como ocorre a mediastinite pós-operatória em cirurgia cardíaca e quais os impactos gerados em pacientes submetidos a este tipo de procedimento. Após a revisão estes chegaram à conclusão que a infecção mediastinal é uma complicação grave da cirurgia cardíaca, geralmente requer terapia antibacteriana de alto custo, cirurgia adicional com o intuito de controlar a infecção e estadias mais longas no hospital (Silva et al, 2021).…”

Mediastinite: complicação pós operatória em cirurgia torácica

“…Caso os tecidos mediastinais profundos estejam livres de infecção e haja esterno suficiente para reaproximação com manutenção da estabilidade, além de condições clínicas favoráveis, pode-se proceder ao fechamento primário da ferida 19 . Entretanto, se ainda houver infecção mediastinal, deve ser realizada irrigação contínua da ferida com drenos, utilizando solução antimicrobiana 20 . O uso do iodo povidona para irrigação, já considerada escolha, deve ser evitada por risco de absorção do iodo [20][21] .…”

“…Entretanto, se ainda houver infecção mediastinal, deve ser realizada irrigação contínua da ferida com drenos, utilizando solução antimicrobiana 20 . O uso do iodo povidona para irrigação, já considerada escolha, deve ser evitada por risco de absorção do iodo [20][21] . Atualmente, o procedimento de escolha é a exploração precoce seguida da terapia assistida a vácuo, quando o fechamento esternal for protelado 3 .…”

“…Apesar de infrequentes, podem ocorrer complicações, como sangramento e dano aos tecidos adjacentes, além do risco de uma catastrófica ruptura de ventrículo direito 21 . Assim, seu uso é recomendado a curto prazo (menos de 3 semanas), seguido de fechamento precoce do esterno [20][21] . Quando não é possível realizar o fechamento primário, retalhos musculares são utilizados para reparo esternal 18 .…”