RESUMOA doença de Crohn ainda é um desafio para os médicos e parece mostrar em todo o mundo uma tendência de aumento na sua incidência.Evidentemente que esta elevação nas estatísticas da moléstia, levou os gastroenterologistas a pesquisas mais apuradas no sentido de obter um melhor controle da doença e de suas complicações, já que sua causa e cura continuam desconhecidas.Uma das complicações mais inconvenientes para os portadores é a fístula, comunicação anômala de órgãos ou estruturas através de um pertuito anormal. Pode ser interna, entre órgãos intracavitários (interalças, enterovesical, enterovaginal, etc), ou se exteriorizar (fístula perianal, enterocutânea ou de parede abdominal, etc.) Além do aspecto fisiopatológico, de perda de nutrientes, dor, desconforto e infecção, a fístula pode causar constrangimentos quando com drenagem aparente abundante.No passado, a abordagem terapêutica para tais lesões era exclusivamente cirúrgica. Mais recentemente, com a experiência obtida, principalmente através do uso de drogas imunossupressoras, o tratamento clínico vem ganhando espaço.
OBJETIVOAvaliar a evolução de fístulas em 16 pacientes portadores da doença de Crohn observados na década de 90 e submetidos a algum tipo de tratamento, clínico ou cirúrgico.
CASUÍSTICADezesseis pacientes de nossa clínica privada, portadores de doença de Crohn e com a presença de fístulas comprovadas por exame clínico e/ou radiológico foram estudados quanto à evolução das mesmas.As fístulas foram relacionadas de acordo com o tipo, localização e quanto ao procedimento terapêutico adotado.O tratamento cirúrgico se fez através de fistulectomia ou ressecção de alças com fístulas. O tratamento clínico foi feito