Medicamentos não licenciados: uma discussão em pediatria

Abstract

A escassez de produtos industrializados específicos para o público pediátrico pode repercutir o consumo de medicamentos não licenciados. Os medicamentos não licenciados são aqueles originados a partir de produtos licenciados, por meio de modificações, além dos importados, os contraindicados e os que não possuem informações sobre o uso em determinado grupo. Esse estudo objetivou investigar a prevalência de uso de medicamentos não licenciados, os fármacos frequentemente prescritos nesse contexto e as formas farmacêuticas de maior produção. Nesse sentido, foi utilizada a metodologia de revisão integrativa da literatura científica. As taxas de prevalência de uso de medicamentos não licenciados variaram de 1,6 a 33,35%, demonstrando a diversidade do cenário conforme o país estudado. Os fármacos constantemente prescritos foram os diuréticos (furosemida, espironolactona e hidroclorotiazida), o ácido fólico, a cafeína, o fenobarbital e a morfina. As formas farmacêuticas produzidas com maior frequência foram as líquidas, com destaque para as soluções, as suspensões e os xaropes. Embora o mercado farmacêutico tenha aperfeiçoado a sua capacidade produtiva ao longo do tempo, o uso de medicamentos não licenciados ainda faz parte do cenário assistencial em pediatria em diversos países.

Cuidado farmacêutico ao paciente hospitalizado com o novo Coronavírus

“…Os farmacêuticos clínicos, ao analisar as prescrições e os quadros dos pacientes com COVID-19, sugerem alterações das formas de apresentação dos medicamentos por meio de serviços de farmacotécnica hospitalar, possibilitando adaptações para a administração segura (Barros, 2020). Principalmente nos casos de pacientes com dificuldade de deglutição, como idosos e crianças, ou até pacientes em uso de sondas, é fundamental o fornecimento de orientações que possibilitem a administração segura de medicamentos pela equipe de enfermagem (Ahmed et al, 2022;BARROS, 2020).…”

“…Os farmacêuticos clínicos, ao analisar as prescrições e os quadros dos pacientes com COVID-19, sugerem alterações das formas de apresentação dos medicamentos por meio de serviços de farmacotécnica hospitalar, possibilitando adaptações para a administração segura (Barros, 2020). Principalmente nos casos de pacientes com dificuldade de deglutição, como idosos e crianças, ou até pacientes em uso de sondas, é fundamental o fornecimento de orientações que possibilitem a administração segura de medicamentos pela equipe de enfermagem (Ahmed et al, 2022;BARROS, 2020). Nessa esteira, os farmacêuticos clínicos propõem ajustes de doses e otimização dos esquemas terapêuticos de acordo com as características específicas em termos de farmacocinética dos pacientes, além de orientar sobre as incompatibilidades entre as substâncias terapêuticas que são administradas simultaneamente (Ahmed et al, 2022;García-Gil;Velayos-Amo, 2020;Hisham;Sivakumar;Veerasekar, 2016;Koeck et al, 2023Koeck et al, , 2023Lemtiri et al, 2020;Surapat et al, 2021).…”

“…O uso off-label de medicamentos caracteriza-se pelo uso do produto em situação diferente da orientada pela agência reguladora do país com respeito à idade, à dose, à indicação ou à via de administração (Diel et al, 2020;Barros, 2020). De posse desse conceito, um aspecto marcante do cuidado farmacêutico ao paciente com COVID-19 é a busca pela racionalidade no uso de medicamentos off-label (Wang et al, 2021a).…”

“…De posse desse conceito, um aspecto marcante do cuidado farmacêutico ao paciente com COVID-19 é a busca pela racionalidade no uso de medicamentos off-label (Wang et al, 2021a). Portanto, além de acompanhar as pesquisas clínicas desenvolvidas nos serviços hospitalares, o farmacêutico clínico teve que buscar conhecimentos alinhados com a melhor evidência científica disponível para orientar as decisões clínicas da equipe (Barros, 2020;Liao et al, 2020;Paudyal et al, 2021). Lesões renais e hepáticas são algumas reações adversas que foram desenvolvidas em pacientes com COVID-19 em função do uso off-label de medicamentos (Wang et al, 2021a;Surapat et al, 2021).…”