O artigo defende que a interface entre fotografia e cinema é mobilizada como parte do projeto estético e político de realizadores do cinema mundial. Com enfoque mais detido em obras do português Pedro Costa, analisa-se a mobilização do fotográfico em três camadas: como instrumento de mediação social entre o cineasta e o outro de classe/étnico-cultural; na incorporação de stills em filmes; e, finalmente, por meio de uma estética que evoca as imagens fixas pelos signos de imobilidade e pelo gênero retratístico. Para tal, privilegia-se a análise das dinâmicas relacionais envolvendo a produção das obras, das escolhas estilísticas e da plasticidade das imagens.