As neoplasias malignas ginecológicas representam um dos principais fatores de mortalidade em mulheres, sendo os exames de imagem instrumentos importantes para diagnóstico, estadiamento e planejamento cirúrgico. Tais exames são realizados nos Centros de Diagnósticos por Imagens (CDI) que, devido ao uso de tecnologia sofisticada e de mão de obra qualificada, têm alto custo e impactam os sistemas de saúde. Diante desse contexto, esta pesquisa tem por objetivo demonstrar como o TDABC pode ser utilizado na avaliação da lucratividade dos exames e dos patamares de ociosidade existentes no contexto do setor de tomografia computadorizada da unidade de oncologia ginecológica. Para essa finalidade foi utilizada metodologia classificável como qualitativa e descritiva e adotado o formato de estudo de caso, com levantamento de dados por meio de pesquisa documental, entrevistas informais para conhecer o processo e estimativas do tempo de execução das atividades. Os resultados mostraram que os exames executados são deficitários, visto que o custo da prestação desses serviços é superior aos preços pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que acarretou prejuízo total de R$ -79.347,04 no mês. Foram apurados também os patamares de ociosidade das atividades envolvidas, tanto em termos de minutos inativos quanto em valores monetários. Portanto, concluiu-se que a ociosidade total do setor de tomografia pesquisado chegou a R$ 102.932,81 e equivale a 41,62% na média das atividades abrangidas (variando entre 3,66% no caso dos equipamentos e 81,59% em relação à atividade dos enfermeiros). Quanto às contribuições oriundas, cabe destacar que as informações disponibilizadas pelo TDABC podem fundamentar ações visando redução de tempo entre atividades e otimizar o desempenho dos funcionários envolvidos, além de evidenciar a aderência do TDABC no âmbito de entidades que realizam serviços de diagnósticos por imagens. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que é fundamental a otimização dos processos para reduzir o tempo de exame e aumentar a produtividade, bem como a necessidade de readequação dos valores da tabela SUS para evitar o comprometimento de investimento de recursos em outros setores do hospital.