Objetivo: Verificar o comportamento dos sintomas depressivos, da fadiga, do equilíbrio postural e da caminhada em mulheres com Esclerose Múltipla (EM), antes do isolamento e após o fim do isolamento social, medida instaurada pela pandemia da Covid-19. Métodos: A amostra desse estudo longitudinal, prospectivo, incluiu 15 mulheres com EM. Pela escala de doença determinada pelo paciente (PDDS) categorizamos dois grupos, sem incapacidade ao caminhar (GSI) e com incapacidade (GCI). Avaliamos, em dois momentos, a presença de sintomas depressivos pelo inventário de Beck (BECK-II), severidade da fadiga (FSS) e seu impacto (MFIS), equilíbrio postural (posturografia) e caminhada (teste de caminhada de 25 pés). Para comparar as variáveis coletadas nos diferentes momentos utilizamos teste t pareado. Resultados: Encontramos melhoras significativas e tamanho de efeito moderado (p<0.05 e ES>0.50) nos sintomas depressivos e fadiga, do GCI, após fim do isolamento. Não encontramos diferenças significativas nas demais comparações. Conclusão: Como principal achado nosso estudo mostrou que para o GCI o retorno ao convívio social foi o suficiente para uma melhora significativa de sintomas depressivos e fadiga. Reforçamos, assim, a importância do cuidado em saúde direcionado ao domínio psicossocial na população de mulheres com EM e incapacidade ao caminhar.