Introdução: As cirurgias para reparo de hérnia inguinal são amplamente realizadas no mundo. O uso de abordagem minimamente invasiva ganhou espaço a partir da videolaparoscopia. A evolução tecnológica levou ao uso da técnica robótica-assistida para reparo inguinal. O presente artigo tem por objetivo revisar a literatura sobre os benefícios e limitações do uso da robótica em comparação à videolaparoscopia convencional no reparo inguinal. Materiais, sujeitos e métodos: Foram consultados artigos científicos publicados e referenciados na Medline/PubMED e SciELO entre 2018 e 2024. Resultados e discussão: A técnica robótica-assistida oferece visualização tridimensional e amplificada da cavidade abdominal, além de instrumentos de manuseio mais fácil. Isso permite uma curva de aprendizado mais curta para o cirurgião, bem como um procedimento cirúrgico mais preciso e com menor lesão tecidual. No entanto, as evidências disponíveis falham em demonstrar a superioridade da técnica robótica-assistida em comparação à videolaparoscopia convencional. Não foram identificadas diferenças consideráveis entre as duas técnicas quanto à recidiva, complicações pós-operatórias, tempo de recuperação e qualidade de vida do paciente. A técnica robótica mostrou-se mais cara e com maior tempo cirúrgico. Considerações finais: As evidências atuais mostram desfechos clínicos semelhantes para o paciente com a técnica robótica-assistida e a videolaparoscopia. A maioria dos estudos disponíveis inclui somente pacientes com hérnias primárias unilaterais, o que pode prejudicar os resultados obtidos. Há necessidade de mais estudos que comparem as duas abordagens cirúrgicas e que incluam mais variáveis em seu escopo.