RESUMOIntrodução: O período pós-transplante tardio é marcado por uma série de alterações nutricionais, os quais podem reduzir a sobrevida do órgão transplantado e do paciente. Objetivo: Avaliar a evolução do peso durante o primeiro ano de transplante renal (TR) e o desenvolvimento de Diabetes Mellitus pós-transplante (DMPT) após cinco anos de seguimento. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, onde foram coletados dados de peso e outros parâmetros clínicos em prontuário do Setor de Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS em Porto Alegre. Resultados: Dos 35 pacientes estudados, ao final do primeiro ano, descrito como T12, observamos ganho de peso médio de 8,2%, sendo que 29 deles (82,9%) ganharam peso. O aumento torna-se significativo a partir do sexto mês após TR (T6) nas mulheres e após nove meses (T9) nos homens. O ganho de peso promove impacto sobre o IMC, apresentando diferença estatística entre dados iniciais (T0) (23,2±4,3kg/m2) e em T12 (24,9±4,4 kg/m2) (p<0,001). Ao final do quinto ano, observa-se 6 óbitos (17,1%) e 2 (5,7%) perdas de enxerto. Dos 27 pacientes, observa-se incidência de 18,5% de DMPT, os quais apresentaram ganho de peso superior, apesar de não serem dados estatisticamente diferentes, e aumento acentuado durante o primeiro ano de TR (13,6% do peso usual) em comparação com o grupo que não desenvolveu esta patologia (4,7% do peso usual). Conclusão: Observa-se aumento de peso após um ano de TR e, os pacientes que desenvolveram DMPT após 5 anos de seguimento apresentaram perfil de ganho de peso diferente do grupo que não desenvolveu a doença, apesar de serem dados sem diferença estatística.
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