Objetivo: Avaliar prospectivamente o efeito analgésico da música de preferência do paciente com retinopatia diabética que foram submetidos à fotocoagaluação retiniana a laser (FRL). Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico controlado, randomizado, cego e crossover de dois períodos. Participaram vinte pacientes (40 olhos) com retinopatia diabética proliferativa que foram submetidos à FRL. A escuta musical de preferência do paciente antes e durante a FRL foi a intervenção não farmacológica testada. O grupo controle (GC) foi composto por pacientes que receberam apenas o tratamento farmacológico padrão e o grupo experimental (GE) por aqueles que receberam a intervenção associada ao tratamento farmacológico padrão. A dor foi mensurada pela Escala Numérica Verbal. As diferenças dos escores de dor foram examinadas por meio dos testes Aligned Rank Transformed ANOVA, Mann-Whitney U e de Wilcoxon. O tamanho do efeito das diferenças foi avaliado usando Tamanhos de Efeito Rank Bisserial e Parcial Square. Resultados: Os participantes eram predominantemente do sexo masculino (60%), adultos (57,4±9,1 anos), com comorbidades (65%), com deficiência visual ≥ 1 ano (65%). Os participantes que ouviram música apresentaram menores escores de dor (GE: 4,80±2,46) comparados aos que não ouviram (GC:6,75±1,59; p=0,013). A aplicação de música de preferência do paciente mostrou um grande tamanho do efeito analgésico (η²=0,189). Conclusão: Ouvir música de preferência do paciente, associada à analgesia padrão, é eficaz no alívio da dor aguda relacionada à FRL e deve ser incorporada à prática clínica para o tratamento multimodal da dor nesse procedimento.