“…Embora diversos autores (Barone et al, 2002;Andreassi (2004); Pereira & Crocco (2004); Neri (2008) e Carvalho (2009) usem diferentes termos para deYinir Microcredito, tais conceitos são convergentes, podendo ser sintetizado na seguinte citação: O Microcredito deve ser entendido dentro de um escopo de algumas caracterıśticas universais, encontradas em diferentes programas de diferentes regiões do mundo, a saber: (i) é um credito destinado à produção; (ii) tem valores baixos; (iii) normalmente não tem garantia real; (iv) os prazos de retorno de pagamento são curtos; (v) adota metodologia baseada no relacionamento direto com o tomador de credito; (vi) conta com a prestação de orientação educativa sobre o planejamento do negócio e com a deYinição das necessidades de credito e de gestão voltadas para o desenvolvimento do empreendimento; (vii) o perYil dos negócios é predominantemente informal (Gonçalves, 2010, p. 55). Embora seja expressiva a quantidade de publicações cientıÝicas sobre Programas de Microcredito (Cull, Ehrbeck & Holle, 2014), existem algumas lacunas teóricas presentes nessa discussão, que poderiam ser cobertas, por exemplo, por estudos sobre as práticas discursivas subjacentes a esses Programas, visto que, na maioria dos casos, os estudos publicados sobre essa temática avaliam os impactos agregados da sua operacionalização.…”