Diversas espécies de serpentes encontram-se com algum grau de ameaça de extinção, gerados principalmente pela caça predatória humana, fundamentada no medo místico-religioso, e perda de habitat. Contudo, é possível evitar processos de extinção a partir da utilização de biotecnologias reprodutivas com a finalidade de produção de prole para reinserção no ambiente de ocorrência natural dessas espécies. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é realizar um levantamento cienciométrico sobre a reprodução assistida em serpentes, nos últimos 50 anos sem recorte geográfico. Foram realizadas buscas nas bases de dados: Web of Science, Scopus, Science Direct, Pub Med, Scielo e Google Acadêmico, utilizando os termos: snake sperm e snake artificial insemination. No total, foram selecionados 22 trabalhos relacionados à temática, sendo 21 deles publicados em 16 periódicos distintos, e um capítulo de livro. A base de dados Google Acadêmico apresentou 100% dos materiais selecionados, sendo a plataforma mais completa dentre as avaliadas. Em relação a autoria desses estudos, 19 instituições de pesquisa de cinco países participaram ativamente dessa produção. Calculamos uma média de produtividade de 0,53 estudos por ano, a partir da primeira publicação que data de 1980. A espécie Elaphe gutatta foi o modelo mais utilizado, participando de 04 (19,04%) pesquisas. Concluímos que as biotecnologias da reprodução aplicada no grupo das serpentes têm uma boa aderência em periódicos científicos, e possui elevado potencial para ser utilizado como ferramenta conservacionista no táxon, contudo, novos estudos, com metodologias mais sólidas, são necessários para validar esse recurso tecnológico, sobretudo em relação à inseminação artificial, que é o grande alvo dessa área.