O cloridato de metilfenidato [(dl-treo-metil-2-fenil-2- (2-piperidil) acetato], conhecido como Ritalina é um psicofármaco usado geralmente por pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e com narcolepsia, para o seu tratamento. Por se tratar de um medicamento que age no sistema nervoso liberando noradrenalina e dopamina nas fendas sinápticas, incidindo uma excitação nos receptores pós-sinápticos e altera as funções cognitivas do usuário, o uso off label para melhorar o desempenho cognitivo está sendo cada vez mais comum. Este tipo de medicamento deve ser usado de forma racional, bem como qualquer outra medicação, pois podem causar efeitos adversos e dependência. Em vista do exposto, este estudo objetivou avaliar, por meio da literatura, a forma correta de uso do metilfenidato, o uso indiscriminado, off label e os problemas de saúde que o uso prolongado pode desencadear no usuário, assim como a importância da atenção farmacêutica para um tratamento eficaz com metilfenidato. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura e os artigos para esta revisão foram coletados nos seguintes portais de pesquisa: SciELO, BVS e Lilacs. Após a coleta, foram selecionados 21 estudos para compor os resultados. Foi possível perceber que o uso indiscriminado do cloridrato de metilfenidato tem sido realizado com frequência por muitas pessoas, principalmente por estudantes, podendo levar a complicações sérias e o aparecimento de efeitos adversos graves, principalmente eventos cardiovasculares como taquicardia e hipertensão, transtornos psiquiátricos como depressão, psicose e dependência química, bem como do sistema neurológico como discinesia, contrações musculares involuntárias e espasmos, entre outros.