O distanciamento social, as restrições rígidas de viagens e o fechamento de fronteiras internacionais foram algumas das medidas preconizadas para enfrentamento da pandemia. Nesse cenário, o turismo foi um dos setores mais afetados pela crise mundial, resultando em queda massiva das receitas internacionais; perdas expressivas de emprego e redução nas arrecadações das empresas turísticas. O presente artigo buscou analisar o mercado de trabalho formal do setor turístico brasileiro, no período da pandemia. Adotou-se um enfoque macroeconômico do turismo, em que são ressaltados os impactos econômicos que o setor pode promover na economia. Metodologicamente, foi realizada uma revisão da literatura que trata da temática e foram levantados dados secundários acerca da configuração do mercado de trabalho no setor. Os principais resultados mostraram que a contenção da mobilidade social e, por conseguinte, as restrições de circulação de turistas domésticos e internacionais repercutiram na queda de faturamento das empresas, corroborando com a redução expressiva dos empregos formais gerados pelo setor do turismo. Com isso, o resultado desse processo é o aumento do desemprego e o crescimento de empregos informais, que acentuam a vulnerabilidade socioeconômica da população, principalmente àquelas que se encontram marginalizadas do acesso de políticas públicas.