Apesar de pesquisas apontarem a importância das florestas tropicais secundárias para a conservação da biodiversidade e provimento de serviços ambientais, este ecossistema vem sendo continuamente substituído por atividades antrópicas, sendo degradado pela recorrência das perturbações oriundas dessas atividades. Neste contexto, além da compreensão dos processos de geração, da função e do desenvolvimento das florestas secundárias, elas deveriam ser alvo de políticas públicas que possibilitassem não somente sua manutenção em paisagens modificadas pelo homem, mas também seu avanço sucessional, com consequente potencialização do seu papel de conservação de biodiversidade e de serviços ambientais. Neste trabalho, revisamos as causas da destruição e degradação das florestas secundárias em paisagens modificadas pelo homem e sugerimos estratégias para a definição de políticas públicas baseadas em aspectos ecológicos, socioeconômicos e legais de manejo e de conservação florestal para dois cenários distintos – paisagens tropicais muito e pouco modificadas – aqui exemplificadas, nos biomas Mata Atlântica e Amazônia, respectivamente. Estas estratégias estabelecem uma abordagem nova e holística para promover e sustentar um futuro mais favorável em termos de conservação da biodiversidade e provimento de serviços ambientais para as florestas secundárias nos trópicos e, em especial, no Brasil.