Na última década, especialmente devido ao aumento do poder computacional, e, por conseguinte a urgência da programação paralela, surgiu a necessidade de profissionais capacitados para desenvolver softwares que utilizam todo o potencial paralelo das máquinas. Com isso, o ensino de programação paralela, por muito tempo exclusivo dos cursos de graduação, abriu espaço para ser trabalhado também na Educação Básica. No entanto, antes de começar a propor abordagens especificas para o ensino de programação paralela na Educação Básica, é necessário entender o estado da arte nesse domínio. Para enfrentar esse desafio, foi conduzida uma Revisão Sistemática da Literatura com o objetivo de i) identificar quais abordagens têm sido empregadas no ensino de programação paralela na Educação Básica; ii) detectar quais linguagens de programação são utilizadas; iii) levantar quais conceitos são abordados; iv) apontar em quais fases de ensino são aplicadas essas abordagens; e v) identificar como tem sido a experiência dos estudantes na aprendizagem. Como resultado, é possíve identificar que i) o número de publicações ainda é limitado; ii) a maioria dos estudos são conduzidos em oficinas de curta duração; iii) a maioria dos estudos são conduzidos apenas nos Estados Unidos da América; iv) a maioria dos estudos usa abordagens tradicionais de ensino; v) não há consenso em relação ao uso de linguagens de programação no ensino de programação paralela; vi) a maioria dos estudos foram conduzidos no Ensino Médio; e vii) em geral, a experiencia dos estudantes foi positiva. Os resultados contribuem especialmente para a área de Educação em Computação, abrindo espaço para o desenvolvimento de novas abordagens para o ensino de programação paralela.