Durante a vida fetal e na infância, os ossos do crânio e da face são separados por membranas de tecido conjuntivo denso com grande quantidade de fibras colágenas que constituem as suturas. Uma delas é a sutura metópica, que une os dois ossos frontais no período embrionário e no recém-nascido. Esta sutura surge aproximadamente no final do segundo mês de vida intrauterina entre os dois centros de ossificação do osso frontal sendo considerada como uma extensão anterior da sutura sagital e sua fusão total pode ocorrer desde o final do primeiro ano até o oitavo ou décimo ano de vida, podendo persistir nos adultos. O objetivo do nosso estudo foi verificar a incidência da sutura metópica em crânios secos de adultos da Região Nordeste do Brasil. Foi utilizada uma amostra de 474 crânios secos de adultos, sendo 294 do sexo masculino e 180 do sexo feminino, pertencentes ao Centro de Antropologia Forense da Faculdade de Medicina da FAP-Araripina. De um modo geral, 84,6% dos crânios não apresentaram a sutura metópica persistente, sendo que 3,6% apresentaram a sutura metópica completa, 10,3% a sutura metópica incompleta do tipo nasion e 1,5% sutura metópica incompleta do tipo bregma. A sutura metópica completa foi mais frequente no sexo masculino (2,3%) do que no feminino (1,3%). Devido à grande extensão territorial do Brasil e da grande miscigenação da população, ao nosso ver, faz-se necessário a realização de mais estudos em indivíduos brasileiros por meio de crânios secos ou imagens, principalmente se realizados em diferentes regiões do nosso país.