A interação medicamentosa entre anticoncepcionais e antibióticos é um tópico de grande relevância na prática clínica, dada a ampla utilização dessas duas classes de medicamentos e suas implicações na saúde reprodutiva das mulheres. A falta de orientação adequada por parte da equipe de saúde pode resultar em consequências indesejadas, como a diminuição da eficácia contraceptiva e o aumento do risco de gravidez não planejada. A seleção de artigos foi realizada em conformidade com o assunto proposto e as bases de dados pesquisadas será: Revista de enfermagem, Scientific Eletronic Library Online, Google Scholar, e Biblioteca Virtual de Saúde. É crucial que os profissionais de saúde estejam cientes dessas interações e sejam capazes de orientar adequadamente as pacientes que utilizam contraceptivos orais. Isso inclui recomendar o uso de métodos contraceptivos adicionais, como preservativos, durante o uso concomitante de antibióticos conhecidos por interagir com os anticoncepcionais. Também é importante informar o médico prescritor sobre o uso de contraceptivos hormonais antes de iniciar qualquer tratamento com antibióticos. Os resultados da revisão narrativa destacam a importância da farmacocinética tanto dos anticoncepcionais quanto dos antibióticos, enfatizando como essas substâncias são absorvidas, distribuídas, metabolizadas e excretadas pelo organismo, e como esses processos podem afetar sua eficácia e segurança. Além disso, a conscientização dos profissionais de saúde sobre a resistência bacteriana devido ao uso inadequado de antibióticos é essencial para combater essa preocupante questão de saúde pública. Em conclusão, a interação medicamentosa entre anticoncepcionais e antibióticos é um tema relevante que requer atenção por parte dos profissionais de saúde. A orientação adequada, a conscientização e a educação contínua são fundamentais para garantir a eficácia contraceptiva, prevenir gravidezes não planejadas e promover a saúde reprodutiva das pacientes. A atualização constante dos profissionais de saúde e a adoção de políticas institucionais que valorizem a educação do paciente são essenciais para uma assistência de qualidade nessa área.