“…A infiltração marginal afeta grande parte das restaurações, em especial, quando as margens estão localizadas em dentina (GWINNET; KANCA, 1992;MANHART et al, 2001). Enquanto o esmalte favorece uma adesão eficaz (HEMBREE, 1980;SCHNEIDER et al, 2004;VAN MEERBEEK et al, 2003) devido ao seu conteúdo de 97% de minerais sob a forma de cristais de hidroxiapatita, 1% de matéria orgânica, essencialmente de natureza protéica e 2% de água (KATCHBURIAN; ARANA-CHAVEZ, 1999), a adesão em dentina é um processo complexo e pouco previsível, altamente influenciado por sua composição e estrutura (NIKOLAENKO et al, 2004;SHOOK et al, 2003). Consiste em 50% de cristais de hidroxiapatita, 30% de fibras colágenas e 20% de água (KATCHBURIAN; ARANA-CHAVEZ, 1999), o que torna o mecanismo de adesão mais difícil (GWINNET; KANCA, 1992) pelo fato da dentina ser um tecido dinâmico e permeável, apresentando túbulos dentinários que abrigam em seu interior os prolongamentos citoplasmáticos dos odontoblastos e o fluido dentinário (HASEGAWA; RETIEF, 1993), por apresenta-se úmida, biologicamente mais sensível, com baixa energia de superfície e coberta por smear layer (MANDRAS; RETIEF; RUSSELL, 1991).…”