O estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos pescadores artesanais no nordeste brasileiro em relação aos microplásticos e seus riscos para a saúde humana, especialmente por meio do consumo de peixes contaminados. Foi feita a pesquisa em duas colônias de pescadores (no interior da Bahia e outra num município litorâneo). Utilizaram-se questionários para coletar os dados com a anuência dos participantes. Entrevistou-se 50 pescadores em cada grupo, com resultados indicando conhecimento limitado sobre microplásticos. Pescadores costeiros tiveram maior percepção do problema do que os ribeirinhos do interior. Apenas 3% dos pescadores tiveram percepção total, sendo todos do litoral, onde a experiência na relação com os ecossistemas aquáticos destacou-se na conscientização ambiental, como determinante que influenciou a percepção. Maiormente foram sinalizados microplásticos nos estômagos dos peixes comestíveis, colocando em risco a segurança alimentar, destacando a necessidade de educação para aumentar a conscientização ambiental e reduzir futuros impactos.