“…São várias as vantagens de se empregar a luz síncrotron no estudo in-situ (em tempo real) dos materiais, dentre as quais merecem destaque: (a) equipamentos avançados tais como a Gleeble® [29], dilatômetros de deformação e DSC's, entre outros, podem ser acoplados a beamline, permitindo testes dinâmicos de processamento termo-mecânico e inúmeras configurações de ciclos térmicos, esses acompanhados ou não de trabalho mecânico; (b) a alta taxa de leitura e aquisição de dados durante o experimento, como no presente trabalho, em que um anel de Debye-Scherrer foi coletado a cada dois segundos (vide Tabela 2); (c) a penetração do feixe no volume de materiais metálicos através do uso de elevadas energias de até 300 keV [76], que permite, dentre inúmeras possibilidades, uma boa contagem estatística de grãos [27] e a exclusão de efeitos puramente de superfície, além de revelar transições de fase e de ordem/desordem com excelente acuracidade e resolução [77][78][79]; (d) os feixes podem ser bem focalizados com dimensões entre 1 e 100 µm, que é comparável ao tamanho de grão em metais de engenharia dando a oportunidade de se obter informações de um único grão [80]; e (e) feixe colimado e com elevada monocromaticidade, que contribui para uma melhor resolução dos picos de difração de raio-x, além de produzir difractogramas com ruído desprezível [28].…”