IntroduçãoCavernomas dos núcleos profundos e suas conexões constituem 7% a 20% dos cavernomas encefálicos 1,3,22 . Parece haver preponderância no sexo feminino e o diagnóstico é feito em todas as idades 1,3,22 , mas a maioria na terceira e quarta décadas de vida 3,10 .Pela sua localização, provocam sintomas mesmo com pequenos sangramentos, o que pode conferir uma idéia estatística de que eles apresentam sangramentos mais freqüentes do que as lesões corticais e subcorticais 3,18 . O risco de hemorragia dessas lesões varia entre 0,7% e 5% por ano e, se houver historia prévia de hemorragia, relatam-se taxas de sangramento atual entre 4,55% e 30% 23 . Podem aumentar de tamanho e ser múltiplas em 2,5% dos pacientes 3,4,7,18,19,20 .
Relato do casoPRG, sexo feminino, 26 anos, odontologista. Apresentou cefaléia persistente e mínimas alterações motoras subjetivas na mão direita. O exame por ressonância magnética (RM) revelou volumoso cavernoma ocupando o compartimento anterior da ínsula esquerda, acima da substância perfurada anterior (Figuras 1, 2 e 3). A angiografia cerebral por cateterismo revelou que as artérias perfurantes estavam deslocadas posteroinferiormente em relação à massa. Uma craniotomia frontotemporal com maior expansão frontal foi realizada e a cisterna silviana foi aberta, expondo-se completamente a superfície inferior do lobo frontal. Uma corticortomia nos giros orbitários, lateral ao trígono olfatório e anterior à substância perfurada anterior, permitiu a remoção da lesão sem seqüelas. A craniotomia permitiu ângulos visuais anteriores e laterais da cavidade cirúrgica, facilitando a ressecção.