O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade do fentanil em reduzir a dose de indução de propofol e a qualidade da indução em cães pré-medicados com morfina. O efeito sedativo promovido pela morfina e sua ação sobre algumas variáveis fisiológicas também foram investigados. Vinte e dois cães saudáveis tiveram seus valores basais (BL) das variáveis fisiológicas e o grau de sedação registrados. Em seguida, receberam morfina (0,3 mg/kg) por via intramuscular. Dez minutos após a administração da morfina (T10), todas as variáveis foram reavaliadas. Os cães foram aleatoriamente designados a receber por via intravenosa: fentanil (2,5 µg/kg) ou solução salina (3,0 mL), e em seguida propofol (2 mg/kg/minute), grupos FP e SP, respectivamente. A dose de propofol necessária para a intubação e a qualidade da indução foram registradas. A morfina resultou em vômitos e ausência de sedação. A frequência cardíaca diminuiu em T10 nos grupos FP e SP, comparado ao BL. A dose de propofol para indução anestésica foi 6,4 ± 1,7 e 5,8 ± 1,6 [média ± desvio padrão] mg/kg em FP e SP, respectivamente, sem diferenças entre os grupos (P > 0,05). A qualidade de indução anestésica foi excelente em todos os grupos. Na indução anestésica, alguns cães apresentaram apneia e rigidez muscular. O fentanil não reduziu o requerimento propofol na indução anestésica de cães pré-medicados com morfina. A indução anestésica foi excelente em ambos os grupos, acompanhada de apneia e rigidez. A morfina resultou em ausência de sedação, alterações mínimas nos parâmetros fisiológicos e vômito.