Objective: Despite the fact that chronic otitis media with effusion (OME) is an entity with a high prevalence among children, the real effectiveness of most treatments in use nowadays has not been completely established. Based on its natural course, we defend an expectant management as the initial treatment.Methods: We undertook a review of the available data taking into consideration the natural history, epidemiology and therapeutic options for OME. We looked for a guideline concerning the best treatment for OME in children.Results: The treatment of OME still remains controversial, in spite of many therapeutic options. In children, the best management still seems to be the observation, probably for a period of three to six months. However, interventionist treatment should be done earlier on those patients considered as high risk or in which a problem happened with their development, due to hearing loss secondary to OME.Conclusions: The understanding of the several factors involved in the pathogenesis of OME, as well as of the features in its evolutive course, encourage the idea of a conservative expectant approach at first or up to the moment in which an interventionist approach (clinical or surgical) is justified.J. pediatr. (Rio J.). 2000; 76(6): 407-412: otitis media with effusion, loss of hearing, treatment.
ResumoObjetivos: Apesar de a otite média crônica secretora (OMCS) ser uma entidade prevalente em crianças, a real validade dos tratamentos em uso não está bem estabelecida. Baseados no curso natural da OMCS, avalizamos uma conduta expectante no seu tratamento inicial.Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura, abrangendo o diagnóstico, a história natural, a epidemiologia e as opções terapêu-ticas da OMCS, em busca de um consenso sobre o tratamento mais adeqüado da OMCS em crianças.Resultados: O tratamento da OMCS ainda permanece controverso apesar de existir uma série de opções terapêuticas. Em crianças a melhor conduta inicial parece ser a observação do quadro por um período de três a seis meses. Todavia condutas intervencionistas devem ser antecipadas naqueles considerados pacientes de alto risco com alterações tímpano-ossiculares ou nos quais se estabeleceu um comprometimento no seu desenvolvimento, motivado pela hipoacusia decorrente da OMCS.Conclusões: A compreensão dos diversos fatores envolvidos na gênese da OMCS, bem como de particularidades sobre o seu curso evolutivo, fortalecem a idéia de uma conduta expectante, conservadora em um primeiro momento, ou até que se estabeleça uma justificativa convincente para uma intervenção clínica ou cirúrgica.