Justificativa e objetivos: descrever o perfil epidemiológico das violências interpessoais e/ou
autoprovocadas atendidas em um hospital público do Paraná entre 2014 e 2018. Métodos:
estudo descritivo de fonte de dados secundários, coletados a partir do banco de dados do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e notificados pelo Núcleo de
Vigilância Epidemiológico Hospitalar (NVEH). Resultados: foram notificados 1645 casos de
violência. Destes, 1488 (90,4%) casos foram considerados interpessoais e 157 (9,6%)
autoprovocados. A faixa etária predominante foi de 1 a 4 anos (26,6%) e a cor/raça branca
(83,2%) predominou. O tipo de violência predominante foi negligência/abandono e
prevaleceram violências ocorridas na residência. O grau de parentesco com a vítima
predominante foi pai e mãe. Conclusão: O tipo de violência predominante foi
negligência/abandono. Quanto às características da vítima, não houve diferença entre
masculino e feminino, incluiu indivíduos predominantemente brancos, escolaridade não
informada, idades entre 1 e 4 anos e residentes na área urbana. Quanto ao autor da violência,
prevaleceram os casos em que a mãe foi notificada como autora, e o meio da agressão foram
os casos caracterizados como outro tipo de agressão.