Este estudo foi realizado em uma escola estadual de Goiânia, em Goiás, Brasil, com quinze alunos de um grupo de terceiro ano do ensino médio, em 2014. As principais ideias que conduziram este estudo giram em torno da importância da interação no processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa, a presença do outro e autonomia/autorregulação dos alunos. A base teórica da pesquisa provém do dialogismo bakhtiniano (BAKHTIN, 1993, 2003; BARROS, 1997; BRAIT, 2005), do sociointeracionismo vigotskiano (VYGOTSKY, 1978; MOLL, 1990; LANTOLF; APPEL, 1994; REGO, 1995) e dos pensamentos freireanos (FREIRE, 1996, 2005) que dizem respeito ao posicionamento dos estudantes como agentes de sua própria aprendizagem. Os objetivos gerais foram: averiguar as percepções dos aprendizes-participantes em relação ao processo de ensino-aprendizagem de inglês, antes e depois das intervenções; observar como diferentes formas de interação social (P-A, P-As, A-P, A-A, As-As, As-P) podem interferir em aulas de inglês de um grupo do terceiro ano de uma escola estadual; e descrever como a professora-pesquisadora percebe a experiência de ensinar inglês com seu foco voltado para a interação social. A metodologia usada é a pesquisa-ação qualitativa (THIOLLENT, 1986; ENGEL, 2000; MELLO; REES, 2011) e os instrumentos utilizados para gerar os dados foram questionários, notas de campo e entrevistas. Os resultados mostram que os alunos puderam perceber o inglês como língua possível de ser apropriada por eles, usada para comunicar, e também puderam reconhecer a importância do outro no processo de ensino-aprendizagem. Ademais, a professora-pesquisadora pôde perceber que aulas interativas e efetivas foram possíveis naquela escola pública.