2016
DOI: 10.1080/15265161.2016.1214331
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Military Metaphors and Their Contribution to the Problems of Overdiagnosis and Overtreatment in the “War” Against Cancer

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
5
0
1

Year Published

2016
2016
2022
2022

Publication Types

Select...
5
2
1

Relationship

0
8

Authors

Journals

citations
Cited by 14 publications
(6 citation statements)
references
References 4 publications
0
5
0
1
Order By: Relevance
“…Em sentido contrário, as suas possíveis repercussões negativas afiguram-se múltiplas e preocupantes. A título de exemplo, sinalizo algumas já identificadas para outras enfermidades: a reificação da doença e o consequente desvio da atenção biomédica do paciente (e da sua voz) para a enfermidade-entidade (Fuks, 2010); o recurso a práticas terapêuticas agressivas para "vencer a batalha", o que poderá provocar graves efeitos secundários e situações de prescrição farmacológica excessiva (Hodgkin, 1985); a estigmatização e o sofrimento acrescido das pessoas doentes (Sontag, 1978(Sontag, , 1989; a maior recorrência de problemas de sobrediagnóstico e sobretratamento (Malm, 2016); a visão angustiante do corpo como campo de batalha; o foco na dimensão física da doença e a procura obsessiva pelo controlo ARTIGO | Octávio Sacramento | Vírus, guerras e novos heróis: a pandemia da Covid-19 sob o biomilitarismo (Annas, 1995). Para as metáforas de guerra associadas à Covid-19, a par destas eventuais consequências perversas, começam já a verificar-se outras, nomeadamente a legitimação de estados de exceção favoráveis à constituição de regimes políticos que minam a democracia e limitam os direitos individuais; a procura exacerbada de culpados e inimigos, geradora de fraturas sociais e de clivagens geopolíticas; e o desenvolvimento de uma ansiedade geral que pode comprometer princípios básicos de reciprocidade e solidariedade social (Sabucedo, Alzate e Hur, 2020).…”
Section: Conclusão E Algumas Reflexões Prospetivasunclassified
“…Em sentido contrário, as suas possíveis repercussões negativas afiguram-se múltiplas e preocupantes. A título de exemplo, sinalizo algumas já identificadas para outras enfermidades: a reificação da doença e o consequente desvio da atenção biomédica do paciente (e da sua voz) para a enfermidade-entidade (Fuks, 2010); o recurso a práticas terapêuticas agressivas para "vencer a batalha", o que poderá provocar graves efeitos secundários e situações de prescrição farmacológica excessiva (Hodgkin, 1985); a estigmatização e o sofrimento acrescido das pessoas doentes (Sontag, 1978(Sontag, , 1989; a maior recorrência de problemas de sobrediagnóstico e sobretratamento (Malm, 2016); a visão angustiante do corpo como campo de batalha; o foco na dimensão física da doença e a procura obsessiva pelo controlo ARTIGO | Octávio Sacramento | Vírus, guerras e novos heróis: a pandemia da Covid-19 sob o biomilitarismo (Annas, 1995). Para as metáforas de guerra associadas à Covid-19, a par destas eventuais consequências perversas, começam já a verificar-se outras, nomeadamente a legitimação de estados de exceção favoráveis à constituição de regimes políticos que minam a democracia e limitam os direitos individuais; a procura exacerbada de culpados e inimigos, geradora de fraturas sociais e de clivagens geopolíticas; e o desenvolvimento de uma ansiedade geral que pode comprometer princípios básicos de reciprocidade e solidariedade social (Sabucedo, Alzate e Hur, 2020).…”
Section: Conclusão E Algumas Reflexões Prospetivasunclassified
“…There is the language of staff on the ‘frontline’, as it were, putting their lives at risk in the service of the health needs of others (see Iserson et al., 2008, p. 345; Kuschner et al., 2007 p. 16; Marshall et al., 2011; Pahlman et al., 2010, p. 9; Simonds & Sokol, 2009, p. 307). There is also the language of ‘fight’ (see Fuks, 2009, p. 58; Hodgkin, 1985, p. 1820; Iserson et al., 2008, p. 345; Jalloh et al., 2019, p. 1497), ‘war’ (see Cairns, 1985; Casarett et al., 2010, p. 256; Fuks, 2009, p. 57; Klein, 1999; Malm, 2016; Mongoven, 2006), ‘battle’ (see Fuks, 2009, p. 58; Hodgkin, 1985, p. 1820; Mongoven, 2006, p. 404), as well as illnesses being viewed as ‘enemies’ (see Malm, 2016, p. 20), and there is the language of ‘reporting for duty’ (see Balicer et al., 2010; Kagan et al., 2017; Qureshi et al., 2005). It can be the case that the ubiquitous use of such language can lead to an amnesia of its engendering warfare context.…”
Section: Military Metaphorsmentioning
confidence: 99%
“…However, the use of military metaphors in health care has been questioned (see Bleakley, 2017; Fuks, 2009; Hodgkin, 1985; Larson et al., 2005, p. 244; Malm, 2016; Mongoven, 2006; Nie, et al., 2016a; Trachsel, 2016; Vallis & Inayatullah, 2016, p. 135). For example, one of the consequences of using military metaphors is that the disease becomes the central focus of attention rather than the actual patient (Fuks, 2009, p. 60).…”
Section: Principle Of Salvagementioning
confidence: 99%
“…Parental public appeals fit within the language of "fighting," which can accompany pediatric disease. 15,16 This language and metaphor of fighting or battle is something clinicians give to or reinforce with families, creating a sense of adversity, conflict, and need for action. The "life and death" nature of this struggle provides an impetus for fighting by any means, including appealing to the public for directed donation.…”
Section: Are Parental Appeals Defensible?mentioning
confidence: 99%